quarta-feira, março 27, 2013
...há outras historias por fazer.
apetece-me escrever. apetece-me ir correr. apetece-me andar á chuva de alma limpa.
sinto-o.
Há vontade disso. Tenho-a.
apanhei o balanço do passado dia 17.fiz anos.
matei de vez entropias e pedras. deixo-me levar de peito limpo.
apetece-me molhar o rosto. colocar aquela blusa velha de correr, e ir até ao mar. Como se de uma parede se tratasse, como se nao houvesse mais caminho. correr, correr, largar, suar, sinto-o em mim sem a ofegante vontade do despreendimento. Não preciso. Corro que apenas preciso disso.
estradas molhadas, the zone em loop, adorn, e sure thing's lá para trás. olho para a frente. para os projectos, para os desafios, para os adagios em camara lenta que me acompanham, para as orquestras que se assombram com o rompante dos meus braços.
grito.
vocifero.
não me importa.
perdi, venci, saí de cena de filmes passados.
hoje ha outra historia por fazer. quem sabe onde irá parar.
prefiro nao pensar, nao planear, nao prevêr, dias bons, dias menos bons, quem nao os tem.
tenho saudades de uma grande cidade. de me sentir pequeno, de nao haver mapa, de simplesmente deixar que o acaso me guie. deixo-o. sinto-o.
como desejava voltar á cidade grande.
como se fosse uma metáfora da novidade a cada canto, da nova musica, da utópica sensação (que existe) de sermos recebidos com musica e "wher'ya from?"..
tenho sede disso. sede de ser eu, e a cidade como na tarde em que lá cheguei sozinho.
aquela sensação das calças largas, das botas, casaco preto, gorro, phones, saco grande as costas, 33rd street, lexington avenue, o madison ali ao lado. aquele tic tac das cidades grandes que nos levam a vida para a frente. sem medos.
nao precisamos de rodeios, nao precisamos de desculpas, a atitude existe por si só, seja o que for. É leal, como a verdade, nao como os sonhos vendidos por estas bandas. És o que És, nao porque és mais isto ou menos aquilo. porque prefiro assim, prefiro assado...fuck that! fodam-se as escolhas, fodam-se os critérios, as sensações juvenis e as impaciencias do egoista que existe em todos nós. que se foda essa selecçao que fazemos, a vida nao é isso. a vida é aceitar, a vida é ir em frente, a vida é arriscar a vida, a vida é pisar o acelerador e fazer a curva a cortar. é ter o estilo, é ter a emoção, é enfrentar o filme que nos vai tirar uma semana de sono, que nos vai fazer lembrar aquela e a outra pessoa, é ouvir vezes sem conta aquela musica que nos põe la em cima, e lá em baixo.
é isso que faz falta. Atitude dos adagios, das cameras lentas dos beijos na boca que levantam a calçada, do sentido de tudo isto, do MAIOR que algumas almas teimam em nao ver.
viver para trabalhar, seguir a moda, ser mais um e julgar-se o ímpar. somos todos UM! será que nao se apercebem disso?...será que nao se apercebem das putas das energias que vos consomem, que ano após ano vos mata por dentro, que caiem sempre na mesma merda de erro e mesmo assim nao aprendem?..
eu sei que tambem os cometo, tambem sei é certo, mas abram a merda do peito e atirem-se ás balas. atirem-se!
terça-feira, março 26, 2013
segunda-feira, março 25, 2013
coisas do dia.
a mensagem.
o album a comprar.
...ai se eu pudesse.
album a comprar (2)
spring black?..e as cores?..
god knows how i love those places.
melhor poster de todo o sempre.
em épocas de crises de Amor, quem melhor?..Cannes knows people.
o album a comprar.
...ai se eu pudesse.
album a comprar (2)
spring black?..e as cores?..
god knows how i love those places.
melhor poster de todo o sempre.
em épocas de crises de Amor, quem melhor?..Cannes knows people.
quarta-feira, março 20, 2013
memo
“De nada nos serve ser rainhas ou princesas, super-heróis ou piratas, ganhadores ou perdedores. De nada serve olhar por baixo da minha saia e encontrar-te nu… de nada serve viver no paraíso sem culpa, sem medo, sem ódio, sem amor maldito ou sujo… de nada serve a solidão neste paraíso tão maculado como a rua, tão obscuro como os teus olhos, tão perfeito como a tua voz… Deixa-me parar o tempo.
No tempo-morto começa uma outra história, onde as princesas estão a desfazer-se e os super-heróis choram aos gritos, onde as rainhas tremem de medo e os perdedores vivem, por fim, em paz”
Aprenderemos a não fazer nada, a não ter planos, a não formatar nem limitar as coisas antes de “as abordar”. Experimentaremos métodos para deixar de ter métodos, quebraremos as técnicas e os preconceitos. Trabalharemos em condições extremas e por prazer. Voltaremos a insistir na procura do tempo morto.
Criaremos agitação sem declarar nada.
Criaremos um corpo sem tempo que nos arranque o cadáver e o pensamento.
Deixaremos de sentir os pés seguros, o corpo forte, a língua ágil e o pensamento engenhoso. Deixaremos de ser virtuosos para mostrar também o mais ridículo e vergonhoso. Defenderemos o perdedor e o fingidor, o medo e a força, a luta e a derrota. Procuraremos o corpo em desvantagem que fica no silêncio do tempo-morto. Inventaremos um espaço de eco para o outro o encher com a sua voz.
Criaremos um novo paraíso, um mundo ilusório e fantástico onde a palavra crise soará oca. Procuraremos o paraíso, só mais uma vez, um paraíso ilusório, onde a loucura e o amor ainda sejam uma urgência para o nosso corpo em crise.
Uma criação de urgência para estes dias de fome.
Susana Vidal
Susana Vidal
Encenadora, autora e actriz oriunda do teatro universitário espanhol, trabalha e reside em Lisboa desde 1997 onde é criadora independente e directora artística da B Negativo Teatro. Entre 2000 e 2008, foi, também, encenadora do GTIST (Grupo de Teatro do Instituto Superior Técnico), colectivo com quem participou em varias edições do FATAL e criou diversos espectáculos que questionaram a função e forma do teatro universitário.
(daqui http://www.aefful.pt/wp/?p=2444)
e um obrigado á nAnonima.blogspot.pt
sexta-feira, março 15, 2013
e continua.. (Publico de hoje)
...
"Inas, dois anos; Heba, oito; Rama, cinco; Nizar, seis; Taha, 11 meses; Mohammad, 18 meses. Foram todos mortos. Porquê?" Seis crianças, todas da mesma família. Morreram num ataque com bombas de fragmentação numa área residencial de Alepo, a segunda maior cidade da Síria, há apenas duas semanas.
A lista continua. Com nomes e idades, para custar mais a digerir: "As minhas filhas, Isra", Amani e Aya, de quatro, seis e 11 anos; o meu marido; a minha mãe; a minha irmã Nour, de 14 anos; e os três filhos da minha outra irmã, Ahmad, Abdallah e Mohammad, de 18 meses, de três anos e de quatro anos. Todos mortos. O que me resta nesta vida?", pergunta Sabah, 31 anos, a funcionários da Amnistia Internacional, que ouvem outras histórias como esta todos os dias. Muitas histórias como esta, todos os dias.
A história maior começou há dois anos, no dia 15 de Março de 2011, com manifestações contra o regime de Bashar al-Assad, estilhaços da Primavera Árabe que eclodira no ano anterior na Tunísia. Desde então, o número de civis sírios que foram mortos ou obrigados a procurar refúgio em países vizinhos tem impressionado até os mais experientes responsáveis das Nações Unidas, como o brasileiro Paulo Pinheiro, presidente da comissão de inquérito sobre a Síria. "Se os actores nacionais, regionais e internacionais não conseguirem encontrar uma solução para o conflito e pôr fim à agonia de milhões de civis, o resultado será a destruição política, económica e social da Síria e da sua sociedade, com implicações devastadoras para a região e para o mundo", afirmou Paulo Pinheiro no início da semana, na apresentação do mais recente relatório sobra a situação no país.
Dezenas de milhares mortos e mais de um milhão de refugiados. Mais de 5000 morrem por semana. E são apenas as contas que se podem fazer. Muitos outros nomes não chegam a entrar em nenhuma das listas oficiais, como em qualquer outra guerra.
Para além destes invisíveis, há outras vítimas que não entram nestas listas, mas que têm nome. E idade. Fazem parte da "geração perdida da Síria", como lhe chama a Unicef, num relatório divulgado também esta semana. Têm a infância "debaixo de fogo", segundo as palavras da organização não governamental Save the Children.
"As crianças da Síria estão a ser mortas e mutiladas num número cada vez maior, em bombardeamentos realizados por forças governamentais. Muitas delas viram os seus pais, os seus irmãos e os seus vizinhos a serem feitos em pedaços. Estão a crescer expostas a horrores inimagináveis", alerta Ann Harrison, vice-directora do Programa para o Médio Oriente e Norte de África da Amnistia Internacional.
São crianças como Yasmine, de 12 anos, cujo testemunho pode ser lido no relatório Infância debaixo de Fogo - O Impacto de Dois Anos de Guerra na Síria, da organização Save the Children. "Éramos 13 num único quarto. Não saímos do quarto durante duas semanas. Havia muito barulho. Então o meu pai saiu. Vi o meu pai a sair e vi-o a ser morto à porta de casa. Desatei a chorar, estava tão triste. Tínhamos uma vida normal, tínhamos comida suficiente. Agora, dependemos de outros. Toda a minha vida mudou nesse dia." São crianças como Nidal, de seis anos. "Uma vez, fomos perseguidos por homens armados. Dispararam e os tiros bateram no chão, perto do meu pé, e eu saltei. (...) Depois chegámos a uma parede e não conseguimos continuar a correr."
No seu mais recente relatório, a Aministia Internacional salienta que "as forças governamentais continuam a bombardear civis indiscriminadamente, muitas vezes com armas banidas internacionalmente", mas deixa outro alerta, partilhado pela comissão de inquérito da ONU. No terreno, é evidente "o aumento galopante de abusos cometidos por grupos armados da oposição". Ou, como descreve Paulo Pinheiro, a violência na Síria "atingiu novos níveis de destruição" e ambos os lados mostram-se "cada vez mais imprudentes" em relação aos civis.
O impasse no Conselho de Segurança chega aos ouvidos de Ara, mãe de três crianças, a última das quais nascida em casa devido à destruição de hospitais e centros de saúde um pouco por toda a Síria. Falou com os colaboradores da organização Save the Children já fora do seu país, de onde fugiu apenas com o recém-nascido - "Tenho mais filhos, quem me dera ter conseguido trazê-los. Mas não consegui e eles tiveram de fugir sozinhos."
A pergunta de Ara tenta passar por cima de todos os números e de todas as listas oficiais, mas ainda não chegou aos ouvidos do Conselho de Segurança: "As crianças que ainda estão na Síria estão a morrer. Parece que ninguém está a ajudar, nada está a mudar. Por que não as ajudam?"
A história maior começou há dois anos, no dia 15 de Março de 2011, com manifestações contra o regime de Bashar al-Assad, estilhaços da Primavera Árabe que eclodira no ano anterior na Tunísia. Desde então, o número de civis sírios que foram mortos ou obrigados a procurar refúgio em países vizinhos tem impressionado até os mais experientes responsáveis das Nações Unidas, como o brasileiro Paulo Pinheiro, presidente da comissão de inquérito sobre a Síria. "Se os actores nacionais, regionais e internacionais não conseguirem encontrar uma solução para o conflito e pôr fim à agonia de milhões de civis, o resultado será a destruição política, económica e social da Síria e da sua sociedade, com implicações devastadoras para a região e para o mundo", afirmou Paulo Pinheiro no início da semana, na apresentação do mais recente relatório sobra a situação no país.
Dezenas de milhares mortos e mais de um milhão de refugiados. Mais de 5000 morrem por semana. E são apenas as contas que se podem fazer. Muitos outros nomes não chegam a entrar em nenhuma das listas oficiais, como em qualquer outra guerra.
Para além destes invisíveis, há outras vítimas que não entram nestas listas, mas que têm nome. E idade. Fazem parte da "geração perdida da Síria", como lhe chama a Unicef, num relatório divulgado também esta semana. Têm a infância "debaixo de fogo", segundo as palavras da organização não governamental Save the Children.
"As crianças da Síria estão a ser mortas e mutiladas num número cada vez maior, em bombardeamentos realizados por forças governamentais. Muitas delas viram os seus pais, os seus irmãos e os seus vizinhos a serem feitos em pedaços. Estão a crescer expostas a horrores inimagináveis", alerta Ann Harrison, vice-directora do Programa para o Médio Oriente e Norte de África da Amnistia Internacional.
São crianças como Yasmine, de 12 anos, cujo testemunho pode ser lido no relatório Infância debaixo de Fogo - O Impacto de Dois Anos de Guerra na Síria, da organização Save the Children. "Éramos 13 num único quarto. Não saímos do quarto durante duas semanas. Havia muito barulho. Então o meu pai saiu. Vi o meu pai a sair e vi-o a ser morto à porta de casa. Desatei a chorar, estava tão triste. Tínhamos uma vida normal, tínhamos comida suficiente. Agora, dependemos de outros. Toda a minha vida mudou nesse dia." São crianças como Nidal, de seis anos. "Uma vez, fomos perseguidos por homens armados. Dispararam e os tiros bateram no chão, perto do meu pé, e eu saltei. (...) Depois chegámos a uma parede e não conseguimos continuar a correr."
No seu mais recente relatório, a Aministia Internacional salienta que "as forças governamentais continuam a bombardear civis indiscriminadamente, muitas vezes com armas banidas internacionalmente", mas deixa outro alerta, partilhado pela comissão de inquérito da ONU. No terreno, é evidente "o aumento galopante de abusos cometidos por grupos armados da oposição". Ou, como descreve Paulo Pinheiro, a violência na Síria "atingiu novos níveis de destruição" e ambos os lados mostram-se "cada vez mais imprudentes" em relação aos civis.
O impasse no Conselho de Segurança chega aos ouvidos de Ara, mãe de três crianças, a última das quais nascida em casa devido à destruição de hospitais e centros de saúde um pouco por toda a Síria. Falou com os colaboradores da organização Save the Children já fora do seu país, de onde fugiu apenas com o recém-nascido - "Tenho mais filhos, quem me dera ter conseguido trazê-los. Mas não consegui e eles tiveram de fugir sozinhos."
A pergunta de Ara tenta passar por cima de todos os números e de todas as listas oficiais, mas ainda não chegou aos ouvidos do Conselho de Segurança: "As crianças que ainda estão na Síria estão a morrer. Parece que ninguém está a ajudar, nada está a mudar. Por que não as ajudam?"
quarta-feira, março 13, 2013
quote
"Just be honest, kind, tolerant, open, intrepid, self-aware, inquisitive,
etc. — you know, all the things that have made our greatest men (and
greatest anyone) great when we boil it down."
ass: se fizessem um debate, escolho o lado dos Don Draper's, ao invés dos Magic Mike's.
como se disse: "Swag is for boys, Class for men's, Character for gentleman's".
ass: se fizessem um debate, escolho o lado dos Don Draper's, ao invés dos Magic Mike's.
como se disse: "Swag is for boys, Class for men's, Character for gentleman's".