segunda-feira, maio 28, 2012

monday parte 1.

Basicamente são segundas como esta que nos deixam um sentido meio bizarro de estrada por correr. de josé gonzalez, de sol lá fora, de lisboa ali ao fundo, de pesquisar por novos objectivos, de fazer o que há para fazer no trabalho, de valorizar o bom, de nao enunciar o menos bom, de tentar simplificar.

depois de um almoço onde pouca conversa se protagonizou, surgem post's e palavras de alguem que pode dar uma quote o duas para o resto do dia e da semana.
vivem-se tempos de incerteza com certeza. pretende-se sair estrada fora, mas algum receio de largar a mão. nao se quer largar a mão, nao há essa necessidade, mas ha outros projectos e outros filmes por correr que me vão levar para fora. sente-se uma vontade obstinada que nao preenche por completo.

nao preenche. mas existe. é certo que tem de ser tomada essa iniciativa, mas até que ponto?..quando?.. complicar naturalmente porque é altura de isso?..simplificar porque será quando tiver de ser?.. pode nao chegar a ser?...estará à espera de algum click casual/provocado?..
sinto-me exactamente assim. sentado, cidade vazia, tudo a circular, e eu aqui a beber o meu gin e a fumar o meu camel. sair para fora é cedo pois ainda é noite, ficar aqui dentro nao me levará a nenhum lado tão longinquo quanto eu desejara anteriormente.

 (o itunes passa aleatoriamente para o "safe from harm" dos massive...) be thankfull for what you-ve got. dizem. é verdade. ser feliz com o pouco ou com o muito que temos e nem nos apercebemos?.. este modelo de sociedade, de instituição onde trabalho, incute-nos (sabiamente) uma forma de natural motivaçao para algo mais, e isso é fantástico, mas ao mesmo tempo sentir o tic tac a passar aos nossos pés não nos ajuda a simplificar o nosso rumo. ... 

não é paixão nem amor. não é o mestrado. não são as viagens. não sinto falta de nada em concreto, mas algo está aqui por desvendar que nao sei o que seja... logo venho terminar o texto.

http://tenhoestadoalerwhitman.blogspot.pt/ . . .
 "Tudo era na realidade um enorme pequeno equívoco sem solução que a vida levava consigo, de agora em diante os papéis estavam distribuídos e era impossível deixar de os desempenhar; e até eu, que tinha vindo com o bloco na mão para tirar notas: o simples facto de os ver representar os seus papéis era também um papel, e nisso consistia a minha culpa; fazer o meu papel, porque a nada nos podemos furtar e todos somos culpados de qualquer coisa, cada um à sua maneira.
 E então invadiu-me um grande cansaço e uma espécie de vergonha e ao mesmo tempo assaltou-me uma ideia que não fui capaz de decifrar, qualquer coisa a que poderia chamar o desejo de Simplificação. De repente, seguindo um novelo que se desenrolava a uma velocidade vertiginosa, compreendi que estávamos todos ali por causa de uma coisa que se chama Complicação, e que ao longo dos séculos, dos milénios, de milhões de anos, tem vindo a acumular, uns por cima dos outros, circuitos cada vez mais complexos, até formar aquilo que hoje somos e aquilo que vivemos. E senti a nostalgia da Simplificação." 

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