Blue Valentine.
Podia ter sido tudo mais, um algo mais, mais profundo,mais maior, mais perfeito, e ficou-se pelo Bom Filme.
Gostei. Fala-nos de paixões, de encantos, de perdas de encanto. Meio estupidas, creio. É um pouco a sociedade de hoje, andamos todos demasiado entretidos a crescer como diz a musica que nos esquecemos de falar, de comunicar. Nunca ha um culpado apenas, e este filme fala disso, de duvidas quesurgem porque o mundo corre depressa demais. Enquanto ha 50 anos eramos prometidos e dependentes de uma carta fechada que só se abrir após o casamento, após vermos o mundo, hoje passa-se o oposto, temos temop para experimentar tudo e cai-se no "nao saber o que quero". Sabemos o que "nao queremos", e isso é o mais importante, mas o que nao queremos exige dedicação, comunicar, conversar, dialogar, e mesmo na cultura da comunicação, onde a sociedade nos empurra a sermos competitivos em tudo e em todos momentos, onde a competição urge(estupidamente..) acabamos por nao olhar a tempo, antes do tempo estar perdido.
De facto o filme acaba com esse "talvez" no ar. ele vai embora, ela precisou do espaço, viu a criança que ficou nos braços, e o "algo maior" acaba por ficar em suspenso.
A vida de hoje, onde estou farto de gente obtusa, quadrada, futil, básica, leve onde qualquer peso é logo uma amarra, empurra-nos a sermos assim. porque nao queremos perder nada, nao podemos perder nada, e depois quando olhamos...já foi embora. É comunicar, ver a tempo, ele, ela, o lutar hoje mais que nuncadeve ser férreo, nao de uma forma de usar. eu oponho-me a isso. Usar o outro para a paixao, e saltar de Asa em Asa de nada vale. nao dá paz. eu renego isso. Mas tambem eu proprio devo ser espelho disso, tal como "tu" que lês este texto meio confuso porque ha sempre duas medidas, mas ja calhou a todos.. e o blue valentine é isso mesmo. O entender porque nao lutámos ou vimos os sinais do encanto a passar. Ainda alguns , como eu, acreditam no algo maior. nao acredito mais no supremo, deixei de ser utópico e de coisas inexplicáveis,lamento por mim, mas deixei de acreditar nisso. Assim, da mesma maneira acho estupido cair no facilitismo do mesmo estilo de vida, mesmos amigos, em tudo tem estar na mesma sintonia, o que é importante nao haja sombra de duvida. Mas, unir a frequencia, a mesma vontade leve e atractiva, ao mesmo tempo que se "luta" sem lutando por algo maior. É como procurar algo numa praia mas passeando ao mesmo tempo. Se tivermos férreas o mundo pesa imenso ,pk o mundo obriga-nos a ser assim e ninguem está para se esforçar por algo, para construir algo; se largarmos e formos utópicos, se confiarmos que as coisas vao acontecer, quando olhamos é tarde demais... Agora o misto seria, "o que tiver de ser, será", mas isso é tambem nao lutar, nao conversar, nao evoluir, nao aprender, nao ir atrás...
como alguem me disse umavez:"o comportamento do passado, deve ser predictor do comportamento do futuro".
Pessoalmente, acredito no natural, no leve, no que tem de ser, no algo maior, mas tambem acredito no comunicar, no evoluir, no falar a tempo, no lutar sem lutar. E tudo podia ter sido tao diferente no blue valentine. se foi ou nao, nao sei, o mundo acabou em fade out, e ele foi embora numa tarde de verão no 4 de Julho.
obs: é um pouco o espelho de 80% das relações de hoje em dia, temos o nosso espaço cibernético, a nossa pagina no FB, onde fazemos uma série de máscaras, temos mil amigos, socialmente activos, o "i dont wanna care"..e porque raio me vou esforçar por alguem se chego a casa e tenho mil para conhecer e que estão aqui á mão de semear?..É a sociedade que empurra? talvez, é simplesmente o encanto que desapareceu?..é verdade que tudo é obvio e nao faz sentido quando nao está bem, quando ja é tarde demais, é mais facil sair. e temos de ser assim forçosamente, mas acho que este filme é o que podia ter sido, a somar ao que foi, com uns acrescentos do que pode vir a ser ou nao.
Não se trata de um grande filme, como disse, mas um filme que espelha muito (de uma forma simples) a efemeridade das relações de hoje em dia, desses pobres coraçoes, que sem força de espirito se deixam levar pelo tempo de olhos fechados e com alguma simplicidade deixa no ar um ar de "sensaçoes" que todos sentimos, e ja fizemos sentir.
isto podia ter sido um pouco da minha historia, mas é a de muita gente que está por aí espalhada.
é um filme verdadeiro. ponto. simples.
Podia ter sido tudo mais, um algo mais, mais profundo,mais maior, mais perfeito, e ficou-se pelo Bom Filme.
Gostei. Fala-nos de paixões, de encantos, de perdas de encanto. Meio estupidas, creio. É um pouco a sociedade de hoje, andamos todos demasiado entretidos a crescer como diz a musica que nos esquecemos de falar, de comunicar. Nunca ha um culpado apenas, e este filme fala disso, de duvidas quesurgem porque o mundo corre depressa demais. Enquanto ha 50 anos eramos prometidos e dependentes de uma carta fechada que só se abrir após o casamento, após vermos o mundo, hoje passa-se o oposto, temos temop para experimentar tudo e cai-se no "nao saber o que quero". Sabemos o que "nao queremos", e isso é o mais importante, mas o que nao queremos exige dedicação, comunicar, conversar, dialogar, e mesmo na cultura da comunicação, onde a sociedade nos empurra a sermos competitivos em tudo e em todos momentos, onde a competição urge(estupidamente..) acabamos por nao olhar a tempo, antes do tempo estar perdido.
De facto o filme acaba com esse "talvez" no ar. ele vai embora, ela precisou do espaço, viu a criança que ficou nos braços, e o "algo maior" acaba por ficar em suspenso.
A vida de hoje, onde estou farto de gente obtusa, quadrada, futil, básica, leve onde qualquer peso é logo uma amarra, empurra-nos a sermos assim. porque nao queremos perder nada, nao podemos perder nada, e depois quando olhamos...já foi embora. É comunicar, ver a tempo, ele, ela, o lutar hoje mais que nuncadeve ser férreo, nao de uma forma de usar. eu oponho-me a isso. Usar o outro para a paixao, e saltar de Asa em Asa de nada vale. nao dá paz. eu renego isso. Mas tambem eu proprio devo ser espelho disso, tal como "tu" que lês este texto meio confuso porque ha sempre duas medidas, mas ja calhou a todos.. e o blue valentine é isso mesmo. O entender porque nao lutámos ou vimos os sinais do encanto a passar. Ainda alguns , como eu, acreditam no algo maior. nao acredito mais no supremo, deixei de ser utópico e de coisas inexplicáveis,lamento por mim, mas deixei de acreditar nisso. Assim, da mesma maneira acho estupido cair no facilitismo do mesmo estilo de vida, mesmos amigos, em tudo tem estar na mesma sintonia, o que é importante nao haja sombra de duvida. Mas, unir a frequencia, a mesma vontade leve e atractiva, ao mesmo tempo que se "luta" sem lutando por algo maior. É como procurar algo numa praia mas passeando ao mesmo tempo. Se tivermos férreas o mundo pesa imenso ,pk o mundo obriga-nos a ser assim e ninguem está para se esforçar por algo, para construir algo; se largarmos e formos utópicos, se confiarmos que as coisas vao acontecer, quando olhamos é tarde demais... Agora o misto seria, "o que tiver de ser, será", mas isso é tambem nao lutar, nao conversar, nao evoluir, nao aprender, nao ir atrás...
como alguem me disse umavez:"o comportamento do passado, deve ser predictor do comportamento do futuro".
Pessoalmente, acredito no natural, no leve, no que tem de ser, no algo maior, mas tambem acredito no comunicar, no evoluir, no falar a tempo, no lutar sem lutar. E tudo podia ter sido tao diferente no blue valentine. se foi ou nao, nao sei, o mundo acabou em fade out, e ele foi embora numa tarde de verão no 4 de Julho.
obs: é um pouco o espelho de 80% das relações de hoje em dia, temos o nosso espaço cibernético, a nossa pagina no FB, onde fazemos uma série de máscaras, temos mil amigos, socialmente activos, o "i dont wanna care"..e porque raio me vou esforçar por alguem se chego a casa e tenho mil para conhecer e que estão aqui á mão de semear?..É a sociedade que empurra? talvez, é simplesmente o encanto que desapareceu?..é verdade que tudo é obvio e nao faz sentido quando nao está bem, quando ja é tarde demais, é mais facil sair. e temos de ser assim forçosamente, mas acho que este filme é o que podia ter sido, a somar ao que foi, com uns acrescentos do que pode vir a ser ou nao.
Não se trata de um grande filme, como disse, mas um filme que espelha muito (de uma forma simples) a efemeridade das relações de hoje em dia, desses pobres coraçoes, que sem força de espirito se deixam levar pelo tempo de olhos fechados e com alguma simplicidade deixa no ar um ar de "sensaçoes" que todos sentimos, e ja fizemos sentir.
isto podia ter sido um pouco da minha historia, mas é a de muita gente que está por aí espalhada.
é um filme verdadeiro. ponto. simples.
2 comentários:
um dia falámos sobre isto.
o algo maior surge durante algum tempo.. até que outra simples e banal coisa, como o FB a estrague por completo. as pessoas não querem meu. as pessoas não valem.
A evolução dos tempos tem destas coisas, o que hoje é amanhã já não faz sentido. As pessoas tornaram-se mais exigentes, mais egoístas. Numa relação passando a fase do encantamento, da paixão, das borboletas na barriga, passa-se à fase da minha felicidade é mais importante do que a tua. Porque já ninguém está para dar o peito às balas depois de já ter sido acertado em cheio, uma vez, outra e outra. A relação é vista muitas das vezes como se não der, lambe-se feridas e bola para a frente. Questiona-se tudo, se é o queremos, se é o que nos faz bem. Somos os constantes insatisfeitos e já ninguém está para lutar por amor. Pertencemos a uma geração, que muito tivemos e muitas das vezes se deixou de ter o mais importante, valorizar pessoas, momentos e de se ter a noção do que realmente importa. A perfeição não existe mas as pessoas querem-na a todo o custo. Concordo na maioria do que aqui escreveu, sendo que, não sei se isso é bom ou não. Excelente texto. Parabéns pelo blog
Enviar um comentário