Estas lides do Futebol, dos tempos pós lei Bosman, onde uns são meros mercenários, onde outros vagueam pelos verdes palcos soltando paixões e ódios, ha por vezes uns tantos que se destacam pelos demais.
Tive a sorte de ter nascido em tempos que já la vão, onde o peão existia, onde os jogadores eram de 1 a 11. onde nao viravam as camisolas para se ver o nome, onde se beijava o simbolo com dedicação, onde se vivia um espirito do algo maior.
Hoje, na cultura do efémero, temos uns quantos que primam pelas estatisticas, pela matemática, pelos flash's e por tudo fazerem a ser quase semi-deuses, enquanto há outros que nao precisam de o ser mais ninguem que eles próprios.
Isto sim é ser Deus, ser simples, e deixar que a magia se solte por si própria.
Como Portugues, á semelhança de mais de metade do país, detesto um cretino da Madeira que enverga a braçadeira da nossa selecção. e eu que enquanto Benfiquista e Vitoriano defendo primeiro os meus clubes, e só depois a selecção...mas observo muitas vezes que por mil golos que se façam, a magia nao existe, o momento da verdade nao acontece, o simplesmente genial nao acontece. Enquanto outros..têm dentro de si essa magia e todo o carisma do mundo.
Orgulho-me do meu numero 10, orgulho-me de ja ter visto ao vivo, orgulho-me de poder dizer que pelos palcos verdes da Luz passou um determinado Pablo Aimar. Não ganhou todos os titulos do mundo, nao foi o ícone da técnica, foi simplesmente uma pessoa normal, que como todos os génios são..pessoas normais que vivem com isso como se fosse a unica verdade da vida e da morte.
Hoje o Messi está de parabens (e eu que gostava que tivesse sido o Xavi a vencer) e o meu numero Dez lembrou-se de lhe escrever uma carta...

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Aimar escreveu a Messi: «Deu-me uma das maiores alegrias no futebol»

Por Redação

Pablo Aimar escreveu uma carta ao compatriota Lionel Messi, eleito ontem pela terceira vez consecutiva melhor futebolista do mundo, na qual se mostra rendido ao talento do jogador do Barcelona.

Eis o conteúdo da carta, publicada pelo diário Olé:

«Recordo-me do primeiro jogo em que vi o Leo. Eu estava no Valência e ele estava a começar no Barcelona. Recordo-me que falámos e que me pediu para trocar de camisola. Recordo esse momento com muito orgulho e das vezes em que li ou me disseram que falou de mim. É um orgulho muito grande, pois estamos a falar do melhor jogador do Mundo desde há cinco anos. Se continuar como até aqui, só vai devolver a Bola de Ouro quando se retirar.

Cada vez que me perguntam, digo o mesmo: que o melhor de todos tenha dito que sou o seu ídolo é uma das maiores alegrias que o futebol me deu. Não sei se já tive oportunidade de lhe agradecer pessoalmente, mas sempre lhe agradeci publicamente.

Realmente não sei quem foi melhor do que Messi. Faz-nos duvidar se será melhor do que Maradona ou se já estará à sua altura. Jogámos várias vezes juntos. Duas ou três vezes contra e, como companheiros, coincidimos na seleção. A última vez que fui à seleção, jogámos os dois. Oxalá voltemos a encontrar-nos, nem que seja num jogo de solidariedade, eh! eh!

Cristiano Ronaldo e Xavi também são enormes futebolistas. Cristiano faz 50 golos por ano e é um fora-de-série. E Xavi faz anos que ganha títulos e organiza o jogo da melhor equipa do Mundo. Iniesta também é um fenómeno. Mas o prémio é individual, e individualmente não creio que haja quem tenha dúvidas de que Messi é o melhor do Mundo e já o era no ano anterior e antes desse.

Admiro-o também por ser um tipo normal. Parece-me bem que o melhor jogador do Mundo seja uma pessoa normal. Admiro-o profundamente. Pelo que faz no campo e fora dele.»

obs: na imagem, estão 2 pessoas um 1 génio. sim, esse foi o único.

como disse o Sócrates que morreu ha uns tempos: "ser campeão é um detalhe"... o carisma é que leva as pessoas aos estádios, o carisma é que cria os imortais. nao são os números.


-vamos Pablito Aimar,
que a la gloria volverás,
como kempes y el piojo,
otro pibe imortal.

obs: esqueçam a parte do Quique que conseguiu nao ser campeão.