Há muito que não escrevia.
A vida tem corrido galopante no rumo certo, novas etapas, descobertas, a pessoa amada, a pessoa que me ama, a bébé que se avizinha, novas surpresas.
Uma vida e um sentido que se descobre dia após dia. Vem aí o nosso maior amor, vem aí a nossa vida personificada. Cada dia que passa mais um centímetro, mais uma molécula, e nem nos damos conta desta Luz, desta Alegria que nos vem abraçar.
Porém quando sentimos que a vida corre a 300 km/h, no rumo certo acontecem pequenos momentos que ficamos a aprender e a acelerar ainda com mais força nessa viagem linda que hoje perseguimos.
Morreu um amigo à relativamente pouco tempo, pessoa de sorriso fácil, gargalhadas altas, um segundo pai para mim. E ontem faleceu uma sósia de gargalhadas (á sua maneira), esse ícone Robbie Williams.
Aprendo, e memorizei essas alegrias que ficaram. Aprendi para a "nossa Alegria" que virá, que temos de ser fortes, temos de ter sempre o sorriso na mão.
Uma gargalhada alta, muitas cores, seja o que for. Seja por quanto tempo for, é essa a nossa chama.
A vida passa-nos a correr pelas mãos, e que cada dia novo seja uma luz de risos.
esse amigo deixou-me essa imagem, essas brincadeiras, como todos os "velhos" do antigo bairro que brincavam conosco na rua enquanto jogavamos á bola. um berro, uma gargalhada, um abraço.
o sorriso fácil, aquela energia, como se a ideia que queriam que passasse para nós fosse que podemos ser todos crianças de sorriso fácil e gargalhada pela vida toda.
Quero um dia mais tarde ser um desses "velhos" que nos deixam a memória de alguem que ri para os outros. eu que por vezes sou mais sisudo, mas que tanto adoro rir e "gargalhar", tal como a minha amada, pretendo aprender (e aprendi) que para os que nos seguem temos a responsabilidade de usar a alegria como máscara.
cá dentro podem haver doenças, podem haver aquelas coisas obscuras (como tinha o Robin Williams) que nos podem tocar cá dentro, mas a mensagem fica.
Tenho ainda o meu avô que assim o é. E devo estima-lo mais ainda.
Para breve, para mim que vou ser pai, que vi partir este amigo, juntamente com desconhecido que conhecíamos pelo cinema, terei alguém que irá seguir os nossos passos dia após dia, assim, tenho a responsabilidade de lhe ensinar o que é a Alegria e o Amor.
tudo o resto surge, apenas a Alegria e o Amor ficam para sempre.
Ficam as nossas familias, os nossos amigos para que por cá cultivemos ainda mais essa côr que nao se vê e esse calor que se sente de olhar de longe e de perto.
É como aquele calor que temos cá dentro (chamam-lhe Amor) que nos acompanha estejamos onde quer que seja.
Hoje compreendo ainda mais o porquê de tanto respeitar os "Velhos" esses bons amigos que nos roubavam a bola na rua, que nem que fosse por 05 segundos soltavam uma gargalhada e que vestem a face da Alegria.
Afinal andamos cá para deixar algum legado, o nosso irá nascer para breve, e visto assim com maior convicção a camisola da Alegria. Haverá algum dia que estaremos mais longe, mas o ser pai é mesmo isso. (Penso no meu), que nao é facil e há muita pedra por partir, mas que consigamos (cada um á sua maneira), de fazer este mundo um lugar mais bonito e com mais cor.
É melhor ser alegre
Que ser triste
Alegria é a melhor
Coisa que existe
É assim como a luz
No coração...
Mas prá fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão não se faz um samba
Não!...
Fazer samba não é
Contar piada
E quem faz samba assim
Não é de nada
O bom samba é uma forma
De oração...
Porque o samba é a tristeza
Que balança
E a tristeza tem sempre
Uma esperança
A tristeza tem sempre
Uma esperança
De um dia não ser mais triste
Não!...
Bebel Gilberto - Samba da Benção.
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quarta-feira, agosto 13, 2014
uma história das bonitas.
O último prisioneiro da Segunda Guerra Mundial morreu aos 101 anos. A mulher morreu 14 horas depois, "de coração partido". Faziam 76 anos de casados nesse dia e vão a enterrar nesta terça-feira.
“Enquanto ele for feliz, eu sou feliz.”
Clifford Hartland morreu no dia em que celebrava 76 anos de casamento com Marjorie. A mulher, de 97 anos, morreu apenas 14 horas depois. O ex-prisioneiro da Segunda Guerra Mundial morreu de causas naturais, provadas pelos longos 101 anos de vida. A mulher morreu de “coração partido”. Esta é uma história de heroísmo, aventura e amor.
Clifford foi um dos milhares de soldados britânicos que, em fevereiro de 1942, se renderam aos japoneses em Singapura. Fazia parte do 7º regimento de artilharia real (7th Coast Regiment Royal Artillery). No ano seguinte, foi forçado, “em condições horríveis”, a ajudar na construção da “ferrovia da morte” – o caminho de 415 quilómetros entre a Tailândia e a Birmânia, construído pelo Império japonês para apoio das suas forças. Pelas “condições horríveis” em que trabalhavam, morreram cerca de 13,000 soldados.
Ainda em 1942, a mulher, Marjorie, recebeu uma carta do coronel do Regimento. O marido estava desaparecido. Muito provavelmente, morto. O desaparecimento de Clifford durou três anos. E, durante três anos, Marjorie recusou-se a aceitar a pensão de viuvez. Recusou-se a aceitar a morte do marido, o seu “único amor”. “Foi terrível. Tive de ir trabalhar para uma fábrica de pára-quedas para arranjar dinheiro. Não conseguia comer lá, porque havia ratos por todo o lado”, recordouem 2013 ao Birmingham Post. No caminho para o trabalho, passava sempre pela igreja. Rezava para que o marido voltasse para casa. Um dia, ligaram a Marjorie para lhe dizer que o marido estava vivo.
A Campanha da Birmânia no sudeste asiático foi travada, numa primeira fase, entre as forças do império britânico com o apoio da China e dos Estados Unidos da América, contra as forças do Japão, Tailândia e exército indiano. A 2 de setembro de 1945, os japoneses renderam-se aos aliados. “A pior parte foi quando nos mandaram cavar as nossas próprias sepulturas e simplesmente esperar por ser mortos”, contou o ex-prisioneiro na mesma entrevista, no ano passado.
Mas a força da resistência havia de acompanhar Clifford mais alguns anos. Em novembro de 1945, é finalmente dispensado do exército e chega o esperado regresso a casa. A única filha do casal conta que, quando Clifford voltou da guerra, esteve no hospital durante bastante tempo. “Mas nenhum deles se importou. Estavam realmente felizes por estarem juntos outra vez”. O casamento celebrado em agosto de 1938 era “uma história de amor perfeita”, sintetiza. E a perfeição apontada por Christine Pearson está em grandes detalhes, como a tranquilidade que os acompanhou durante mais de sete décadas. “Eles nunca discutiam. O meu pai idolatrava a minha mãe, e a minha mãe adorava-o”.
Na entrevista de janeiro de 2013, perguntaram a Clifford como é que se sentia por estar quase a chegar aos 100 anos, depois de ter tido três acidentes vasculares cerebrais que resultaram em alguns danos na visão e na audição. A resposta: “Sinto-me igual, apenas um pouco mais velho”. O sentido de humor é uma característica que o centenário nunca perdeu, apontou a filha do casal, agora com 67 anos.
Sorte no amor e sorte na vida – podia ser assim resumida a história de Clifford. “Durante a guerra, o meu pai estava num comboio que explodiu quando atravessava uma ponte. Ia na última carruagem: foi a única que escapou.” Das outras restaram “pedaços de braços e pernas, que estavam por todo o lado”, conta Christine Pearson. Dos 700 que saíram do 7º regimento de artilharia real, apenas quatro resistiram à tortura dos campos de prisioneiros. Clifford era um deles. “O meu pai fez questão de manter o contacto com os outros três durante anos, até morrerem”, conta Christine.
Agora, o último morreu numa casa de repouso, em Inglaterra, poucas horas depois de a mulher ter voltado do hospital, onde estava internada por ter partido uma perna. “Eu acho que ele estava à espera que ela voltasse para casa, para o quarto deles, para morrer em paz”, conta a filha de ambos. Marjorie ficou em choque e repetia constantemente “Eu não consigo viver sem ele, eu não consigo viver sem ele”. Nessa noite, Marjorie telefonou à filha, por não aguentar a dor. “Eu disse-lhe para ela pensar no amor maravilhoso que tinham vivido, talvez esses pensamentos a acalmassem”, explica. “Ela morreu à uma da manhã, e eu quero acreditar que era exatamente nisso que ela estava a pensar”.
Os paramédicos chegaram e verificaram o corpo. “A explicação foi esta: a minha mãe morreu de ataque cardíaco, mas não de uma forma qualquer. A minha mãe morreu literalmente de coração partido”. Marjorie e Clifford estão juntos na vida e na morte. O funeral, em conjunto, realiza-se esta terça-feira.
sábado, junho 28, 2014
sábado, maio 24, 2014
sexta-feira, maio 23, 2014
faltou algo por dizer..
Para a posteridade fica uma das épocas mais bonitas.
O reerguer, depois de no ano passado terem dito que tinha sido uma época má, na minha opinião o ano passado foi apenas o primeiro passo até chegarmos á tona da água.
Até aí era tudo muito sofrível, era intérpretes que deixavam duvidas, eram exibiçoes que por vezes deixavam duvidas...e ainda assim, chegamos as finais todas, as decisões, o que nos esmagou foi a ambição e a pressão. Para o comum dos mortais foi o perder tudo, mas apenas nao estavam (ou até estavam...) a ver a big picture, porque se sentia que era o voltar do Glorioso.
Foi o voltar á estrutura, á união verdadeira com os adeptos, sem veigas e apenas com uma leve carraça.
Nós que por lá andamos a puxar pelas camisolas vermelhas e pelo simbolo da águia, sabiamos que era mesmo assim. reconstruiu-se a casa como deve ser, mas...ainda faltava o sofrimento final. É isto a nossa vida, ganhar ou perder é mesmo assim. Pensei isso mesmo quando recebemos o Moreirense, sabendo já que os canários da cidade do móvel iriam oferecer o jogo..afinal , jogamos sempre com sistemas politicos, juízes, doping, facilitadores, treinadores com atitudes díspares perante o adversário, olivedesportos a fazer pressão..enfim todo aquele polvo que sabemos que existe.
Faltava-me algo, eu que almejei chegar ao futebol profissional durante tantos anos, lá consegui vestir a pele. No ano que todos diziam ser a pior época..fiz-me sócio e comprei a minha camisola.
só podia ser de um, depois da classe e do coração do Jonas Thern, nao me revia em ninguem (isto é aquele momento que o adepto/sonhador se revê)...voces sabem do que eu estou a falar..tinha de ser o Enzo. so podia. nao era o david luiz, nem o javi, defesas-esquerdos podia ser eu..(lol) mas nao chegou a chance cof cof cof....:)..enfim... Enzo.
nova época, muita gente boa e talentosa, o risco de manter a estrutura, nao o risco de nao se saber o que se fazia, risco de pensar..o timing chegou ao fim?..(sem falar na imprensa e nos seus lacaios que para o SLB é tudo uma crise e um risco, e uma derrota..)para os outros é sempre um percalço e uma pressão muito menos incisiva. Mas é esse o sentimento, que para uns é a pressão do mundo, para os outros, é um "está tudo bem, está tudo bem..."..okay aqui haverá mil argumentos, mas carlos daniel, joaquim rita, tadeias, os gordos da sic, os cromos da tvi, o bruno prata..enfim um sem fim de gente que gratuitamente faz vida á pala de dizer mal e por pressão no nosso clube.
Fechou-se, o presidente fala pouco e oportunamente, os adeptos aprenderam que só depois podemos falar, ao contrario de alguns que este ano eram comunicados e que "os adversários têm que começar a dar mais luta..."quando treinavam á terça com o alcochete e ao sabado tavam fresquinhos, mas isso acaba-se..
outros...a tentar esticar o tentáculo, olivedesportos na pressao aos clubes, rodar treinadores, jogadores, lesões, caídas do autocarro, lesoes encomendadas, mas...tudo vai caindo. agora andam com o discurso do centralismo e regionalismo, coisas que nos anos 70 pegaram..enfim, adiante.
Esta época foi nossa, toda nossa, apartir do dia de Reis (ha com cada coincidencia), disparamos, tropeçamos e tal, mas fomos em frente, rodamos, jogou o manel, a equipa manteve-se, vontade, sem azias, a lesão do tacuara ajudou a equipa (o que nao nos torna em ingratos), pois ainda marcou e bem com o estoril, com os lagartos, e outros tentos que naquele inicio de época tanto precisavamos de arrancar..apartir daí, foi lutar muito e tudo foi acontecendo. Derbys, classicos, fomos roubados, tivemos um jogo ou dois que caiu para o nosso lado (no restelo..e mesmo assim nao me lembro de mais nada) e ha duvidas de interpretaçao, em todo o caso nao era por aí. Iamos vencer, tentou-se criar uma redoma aos lagartos, os andruptos a 10 ainda eram um papão, e nós que estavamos bem é que ganhavamos por pouco, a defesa tremia, o ataque vacilava..estava tudo ao contrario. E ainda assim chegamos ao pote, taça da liga, juventus em casa, hart lane, guimamerdas em casa, nacional na choupana, turim...a segunda vez de turim, foi daquelas encomendas que ja sabemos como é, na liga dos campeões é a mesma coisa, o penalty cá do Enzo nao deu, as suspensoes, o amarelo ao salvio, markovic, a linha que o porco do beto teimava em nao pisar, sem falar nos brindes..falhamos golos, fomos roubados, mas sabiamos que foi demérito nosso. com uma equipa remendada..(so para dar a entender o nivel que estamos a chegar) eu acredito que o copo está meio cheio. nao é passageiro, é importantissimo o proximo ano, quebrar a malapata, manter, sai um , entra outro, mantem a estrutura, dividendos, patrocinios, a massa adepta mais unida, estamos bem. ha massa critica, ha sempre possibilidade de fazer melhor. nao sou Vieirista, mas o homem tem estado bem. é facil dizer mal, mas o nosso enredo nada tem a ver com o polvo, nem com um clube com 30 mil socios.
vamos em frente, saborear o momento, parabens a todos. a Mística voltou.
havia muito mais, mas hoje ja vivemos aquele sentimento de pertencer a algo que foi despedaçado após a era-Damásio..e daí vieram muitos anos até aos dias de hoje.
Vamos campeões.
Breathe!
Vinil.
ouvir isto com aquele arranhar, com aquela pureza é das coisas mais indescritíveis de todo o sempre.
obrigado, era só isso.
até já.
segunda-feira, maio 12, 2014
sábado, maio 10, 2014
quarta-feira, maio 07, 2014
quinta-feira, abril 24, 2014
segunda-feira, abril 21, 2014
segunda-feira, abril 07, 2014
terça-feira, abril 01, 2014
Mantra.
Parece que a idade nos está a empurrar. Que nos leva, pega na mão, mete a batida correcta e vai inserindo notas atrás de notas.
Leva-me e tira-me do corpo uma camisa que se chama controlo cheio de botoes, cores e modas ha muito conhecidas.
Grato pelo momento, grato pela chance, grato pelo bonito momento, pelo arranque, afinal arrancou ha anos e anos..agora é apenas mais um episodio que pensava em certas alturas nunca vir a acontecer.
a batida continua, levamos a musica com a vida. será possivel? .. é sim.
é um mantra, uma historia, um designio, provocado, induzido, vivido. abrir o coração ao mantra e as notas que tocam na nossa vida.
sem medos, nem sustos, é assim mesmo, é aqui o momento. o momento é agora esta musica que tocamos.
testemunho tudo isto que toca nas mãos. este sol, este bafejo de sorte e amor.
grato por tudo.
viva-se a vida.
quinta-feira, março 13, 2014
terça-feira, março 11, 2014
sou dum clube que me envaidece.
o ser sócio afinal de contas, é ter orgulho por algo mais que as modalidades desportivas protagonizam.
e nisso o caracter social, tem sido uma das bandeiras do Benfica.
campanhas de luta contra a fome, as habituais presenças nos hospitais, tal como outros clubes o fazem, mas á semelhança do desporto norte-americano, e outros clubes europeus , há alguns clubes que se destacam pelo papel social que protagonizam na sociedade.
afinal, nao são meros resultados, estatisticas, balanços, titulos ou seja que reconhecimento for.
este é apenas um exemplo do optimo trabalho que muitas pessoas no Benfica têm feito.
ajudar, fundações, apoio para paises mais desfavorecidos, fazer campanhas junto da imprensa de forma a chamar mais atençao a determinadas preocupaçoes sociais, um rol de actividades que dada a exposiçao social que o Benfica tem, só ajuda a trazer mais e mais apoios.
cada um defenderá a sua côr, eu defendo a minha, mas nesse aspecto, o Benfica é um campeão.
e isso envaidece-me.
o resto, sao pormenores. como dizia sócrates (o jogador do corinthians, sobre o qual escrevi aquando da sua morte), "Vencer é um detalhe".
Vamos Benfica.
in ABOLA.pt
José Pedro tem 14 anos e sofre de paralisia cerebral. No passado domingo concretizou um dos seus maiores sonhos: conhecer Jorge Jesus, assim como o plantel do Benfica.
«O José Pedro vê o futuro como um jogo de estratégia e o seu ídolo é Jorge Jesus. Foi o que ele me pediu, foi o sonho que ele quis ver realizado. O Benfica é campeão na solidariedade», explicou o pediatra José Peralta, que acompanhou o jovem nesta iniciativa promovida pela Fundação Benfica.
Além de Jorge Jesus, com quem esteve vários minutos à conversa, José Pedro, numa iniciativa promovida pela Fundação Benfica, teve ainda oportunidade de privar com Rui Costa e vários jogadores do plantel.
Fotografias SLB
e nisso o caracter social, tem sido uma das bandeiras do Benfica.
campanhas de luta contra a fome, as habituais presenças nos hospitais, tal como outros clubes o fazem, mas á semelhança do desporto norte-americano, e outros clubes europeus , há alguns clubes que se destacam pelo papel social que protagonizam na sociedade.
afinal, nao são meros resultados, estatisticas, balanços, titulos ou seja que reconhecimento for.
este é apenas um exemplo do optimo trabalho que muitas pessoas no Benfica têm feito.
ajudar, fundações, apoio para paises mais desfavorecidos, fazer campanhas junto da imprensa de forma a chamar mais atençao a determinadas preocupaçoes sociais, um rol de actividades que dada a exposiçao social que o Benfica tem, só ajuda a trazer mais e mais apoios.
cada um defenderá a sua côr, eu defendo a minha, mas nesse aspecto, o Benfica é um campeão.
e isso envaidece-me.
o resto, sao pormenores. como dizia sócrates (o jogador do corinthians, sobre o qual escrevi aquando da sua morte), "Vencer é um detalhe".
Vamos Benfica.
in ABOLA.pt
José Pedro tem 14 anos e sofre de paralisia cerebral. No passado domingo concretizou um dos seus maiores sonhos: conhecer Jorge Jesus, assim como o plantel do Benfica.
«O José Pedro vê o futuro como um jogo de estratégia e o seu ídolo é Jorge Jesus. Foi o que ele me pediu, foi o sonho que ele quis ver realizado. O Benfica é campeão na solidariedade», explicou o pediatra José Peralta, que acompanhou o jovem nesta iniciativa promovida pela Fundação Benfica.
Além de Jorge Jesus, com quem esteve vários minutos à conversa, José Pedro, numa iniciativa promovida pela Fundação Benfica, teve ainda oportunidade de privar com Rui Costa e vários jogadores do plantel.
Fotografias SLB
terça-feira, fevereiro 25, 2014
quinta-feira, fevereiro 20, 2014
quarta-feira, fevereiro 19, 2014
no Público. Para todos verem/lerem.
Ontem, o meu pai foi-se embora. Não vem e já volta; emigrou para o Recife e deixou este país, onde nasceu e onde viveu durante 65 anos.
A sua reforma seria, por cá, de duzentos e poucos euros, mais uma pequena reforma da Sociedade Portuguesa de Autores que tem servido, durante os últimos anos, para pagar o carro onde se deslocava por Lisboa e para os concertos que foi dando pelo país.
Nesses concertos teve salas cheias, meio-cheias e, por vezes, quase vazias; fê-lo sempre (era o seu trabalho) com um sorriso nos lábios e boa disposição, ganhando à bilheteira.
Ontem, quando me deitei, senti-me triste. E, ao mesmo tempo, senti-me feliz. Triste, porque o mais normal é que os filhos emigrem e não os pais mas talvez Portugal tenha sido capaz, nos últimos anos, de conseguir baralhar essa tendência. Feliz, porque admiro-lhe a coragem de começar outra vez num país que quase desconhece (e onde quase o desconhecem), partindo animado pelas coisas novas que irá encontrar.
Tudo isto são coisas pessoais que não interessam a ninguém, excepto à família do senhor Tordo. Acontece que o meu pai, quer se goste ou não da música que fez, foi uma figura conhecida desde muito novo e, portanto, a sua partida, que ele se limitou a anunciar no Facebook, onde mantinha contacto regular com os amigos e admiradores, acabou por se tornar mediática.
E é essa a razão pela qual escrevo: porque, quase sem o querer, li alguns dos comentários à sua partida.
Muita gente se despediu com palavras de encorajamento. Outros, contudo, mandaram-no para Cuba. Ou para a Coreia do Norte.
Ou disseram que já devia ter emigrado há muito. Que só faz falta quem cá está. Chamam-lhe palavrões dos duros. Associam-no à política, de que se dissociou activamente há décadas (enquanto lá esteve contribuiu, à sua modesta maneira, com outros músicos, escritores, cineastas e artistas, para a libertação de um povo). E perguntaram o que iria fazer: limpar WC's e cozinhas? Usufruir da reforma dourada? Agarrar um "tacho" proporcionado pelos "amiguinhos"? Houve até um que, com ironia insuspeita, lhe pediu que "deixasse cá a reforma". Os duzentos e tal euros.
Eu entendo o desamor. Sempre o entendi; é natural, ainda mais natural quando vivemos como vivemos e onde vivemos e com as dificuldades por que passamos. O que eu não entendo é o ódio. O meu pai, que é uma pessoa cheia de defeitos como todos nós – e como todos os autores destes singelos insultos –, fez aquilo que lhe restava fazer.
Quer se queira, quer não, ele faz parte da história da música em Portugal. Sozinho, ou com Ary dos Santos, ou para algumas das vozes mais apreciadas do público de hoje – Carminho, Carlos do Carmo, Mariza, são incontáveis – fez alguns dos temas que irão perdurar enquanto nos for permitido ouvir música
Pouco importa quem é o homem; isso fica reservado para a intimidade de quem o conhece. Eu conheço-o: é um tipo simpático e cheio de humor, que está bem com a vida e que, ontem, partiu com uma mala às costas e uma guitarra na mão, aos 65 anos, cansado deste país onde, mais cedo do que tarde, aqueles que o mandam para Cuba, a Coreia do Norte ou limpar WC's e cozinhas encontrarão, finalmente, a terra prometida: um lugar onde nada restará senão os reality shows da televisão, as telenovelas e a vergonha
Os nossos governantes têm-se preparado para anunciar, contentíssimos, que a crise acabou, esquecendo-se de dizer tudo o que acabou com ela. A primeira coisa foi a cultura, que é o património de um país. A segunda foi a felicidade, que está ausente dos rostos de quem anda na rua todos os dias. A terceira foi a esperança. E a quarta foi o meu pai, e outros como ele, que se recusam a ser governados por gente que fez tudo para dar cabo deste país - do país que ele, e milhões de pessoas como ele, cheias de defeitos, quiseram construir: um país melhor para os filhos e para os netos.
Fracassaram nesse propósito; enganaram-se ao pensarem que podíamos mudar.
Não queremos mudar. Queremos esta miséria, admitimo-la, deixamos passar. E alguns de nós até aí estão para insultar, do conforto dos seus sofás, quem, por não ter trabalho aqui – e precisar de trabalhar para, aos 65 anos, não se transformar num fantasma ou num pedinte – pegou nas malas e numa guitarra e se foi embora.
Ontem, ao deitar-me, imaginei-o dentro do avião, sozinho, a sonhar com o futuro; bem-disposto, com um sorriso nos lábios. Eu vou ter muitas saudades dele, mas sou suspeito. Dói-me saber que, ontem, o meu pai se foi embora.
http://www.publico.pt/cultura/noticia/carta-ao-pai-1624299
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
quinta-feira, janeiro 16, 2014
segunda-feira, janeiro 06, 2014
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