Momento complexo este.
Fui ver o "Querido Mês de Agosto" , e fiquei com a apresentação de um mundo que conheço,de um Portugal que sei que existe. Esses que o conhecem tal como eu não precisam de vêr, os que pensam que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem, esses talvez devam ir vêr o filme.
Acaba por ser um documentário com uma dose de humor,que acaba por não o sêr,pois é tudo bem real. Ficciona-se algumas situações, e a meio um romance juvenil rodeado por todos aqueles bailes e aquelas gentes simples. Acho que houve um excesso de musica pimba, e sinceramente falta muito ritmo, faltam uns plot point's mais salientes que se notem á atenção do espectador, e não tanto pela forma da musica "pimba" que existe e fica-se com a sensação que sai dali algo jocoso. É jocoso porque assim o quiseram mostrar,que em Lisboa é que ha pessoas civilizadas e ali é tudo bruto. É verdade, ali a brutalidade é outra,mas ali nao ha uma via de acesso fácil, ali só ha gente no mês de Agosto, ali tudo é mais dificil.
E nao é tudo tão parado ou lento como o realizador o apresenta. Não acuso as gentes,pois somos assim realmente, e não acho que fosse a vontade do realizador "gozar" com tudo aquilo,daí o toque documental bem evidente na primeira parte. Mas os risos tímidos na sala de cinema representam isso mesmo, que mesmo num país bem pequeno,conhecemos melhor os de NY, de Londres ou Paris do que aos de Arganil, Côja, ou Freixos de Espada á Cinta.(tal como tu que lês e proferes "Freixos de Espada á Cinta", e sorris de um nome "engraçado" e que serias incapaz de viver lá por ter um nome que já está embutido nas nossas mentes como algo que nos liberta o sorriso).
E é esse o pecado do realizador, usar essa imagem intrínseca que temos do nosso "Portugal Pimba/Popular/Bruto" para apresentar. Mesmo que nao fosse a vontade , com os tempos parados,sem os ritmos salientes que agarrassem a atenção dos espectadores, a atenção tende a ir para essas mesmas imagens e ideias que temos. Eu mesmo fui objecto disso.
Eu que defendo o cinema português, porque os monopólios estão bem implantados,porque os apoios não sao assim tantos, porque o caminho do cinema é o caminho esse sim,bem mais estupido...da Soraia chaves com as mamas á mostra,com o risco de coca,com o carro a capotar,a policia lá fora,com os tiros,os pretos,os maus,as perseguições e os gritos,mas tudo com sexo á mistura. É esse o cinema que as pessoas querem?! Sim sem dúvida,é esse o Cinema que temos de educar?! já nao creio que assim seja.
Não podemos estar num 8 em que se faz um filme que nos obriga a conhecer o desconhecido(parte documental do "Mes de Agosto"), e que nos leva a cair na imagem que temos,e assim acabamos por ficar tão vazios como no momento que nos sentamos na cadeira, quer o sentimento de estupidificação da mente que os tiros e as mamas da soraia chaves nos invadem o espirito.
Agora..."entao qual é o ponto de equilibrio?!" se nao podemos fazer um filme que apresentamos as gentes do interior,as procissões,as romarias,as coisas absurdas que se dizem e que acabam por cair na comédia pela imagem que as pessoas têm do nosso próprio país criando assim uma aversão ao que nosso; nem sequer podemos fazer um filme com gajas boas, policias,tiros,droga e sexo com fartura... pensem vocês em qual será a solução.
Eu sei é que neste sistema cultural só investe(como é obvio) quem tiver a certeza do retrocesso, e o retrocesso certo só vem das mamas da Soraia Chaves(a qual acho uma gaja puramente banal,com cara de enjoada e que nao me suscita coisa alguma que não um par de estalos por fazer uma imitação rasca (e quando digo rasca,digo ridicula) da Monica Belluci
(perdoa-me Monica por ter usado o teu nome em vão).
Assim...um argumento sobre algo nosso,sobre uma historia de jornal, com um ritmo bem acompanhado,uma boa banda sonora,uma direcção de actores dada com mais tempo para preparar os papeis,talvez seja uma dica..nao sei.
A guita..epa com o digital,com a imaginação,pensa-se numa historia ou num argumento com menos produção,algo mais simples. Não precisamos de épicos para criar a historia de uma vida,nem precisamos da velocidade de uma bala para nos prender a acção.
digo eu.
Fui ver o "Querido Mês de Agosto" , e fiquei com a apresentação de um mundo que conheço,de um Portugal que sei que existe. Esses que o conhecem tal como eu não precisam de vêr, os que pensam que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem, esses talvez devam ir vêr o filme.
Acaba por ser um documentário com uma dose de humor,que acaba por não o sêr,pois é tudo bem real. Ficciona-se algumas situações, e a meio um romance juvenil rodeado por todos aqueles bailes e aquelas gentes simples. Acho que houve um excesso de musica pimba, e sinceramente falta muito ritmo, faltam uns plot point's mais salientes que se notem á atenção do espectador, e não tanto pela forma da musica "pimba" que existe e fica-se com a sensação que sai dali algo jocoso. É jocoso porque assim o quiseram mostrar,que em Lisboa é que ha pessoas civilizadas e ali é tudo bruto. É verdade, ali a brutalidade é outra,mas ali nao ha uma via de acesso fácil, ali só ha gente no mês de Agosto, ali tudo é mais dificil.
E nao é tudo tão parado ou lento como o realizador o apresenta. Não acuso as gentes,pois somos assim realmente, e não acho que fosse a vontade do realizador "gozar" com tudo aquilo,daí o toque documental bem evidente na primeira parte. Mas os risos tímidos na sala de cinema representam isso mesmo, que mesmo num país bem pequeno,conhecemos melhor os de NY, de Londres ou Paris do que aos de Arganil, Côja, ou Freixos de Espada á Cinta.(tal como tu que lês e proferes "Freixos de Espada á Cinta", e sorris de um nome "engraçado" e que serias incapaz de viver lá por ter um nome que já está embutido nas nossas mentes como algo que nos liberta o sorriso).
E é esse o pecado do realizador, usar essa imagem intrínseca que temos do nosso "Portugal Pimba/Popular/Bruto" para apresentar. Mesmo que nao fosse a vontade , com os tempos parados,sem os ritmos salientes que agarrassem a atenção dos espectadores, a atenção tende a ir para essas mesmas imagens e ideias que temos. Eu mesmo fui objecto disso.
Eu que defendo o cinema português, porque os monopólios estão bem implantados,porque os apoios não sao assim tantos, porque o caminho do cinema é o caminho esse sim,bem mais estupido...da Soraia chaves com as mamas á mostra,com o risco de coca,com o carro a capotar,a policia lá fora,com os tiros,os pretos,os maus,as perseguições e os gritos,mas tudo com sexo á mistura. É esse o cinema que as pessoas querem?! Sim sem dúvida,é esse o Cinema que temos de educar?! já nao creio que assim seja.
Não podemos estar num 8 em que se faz um filme que nos obriga a conhecer o desconhecido(parte documental do "Mes de Agosto"), e que nos leva a cair na imagem que temos,e assim acabamos por ficar tão vazios como no momento que nos sentamos na cadeira, quer o sentimento de estupidificação da mente que os tiros e as mamas da soraia chaves nos invadem o espirito.
Agora..."entao qual é o ponto de equilibrio?!" se nao podemos fazer um filme que apresentamos as gentes do interior,as procissões,as romarias,as coisas absurdas que se dizem e que acabam por cair na comédia pela imagem que as pessoas têm do nosso próprio país criando assim uma aversão ao que nosso; nem sequer podemos fazer um filme com gajas boas, policias,tiros,droga e sexo com fartura... pensem vocês em qual será a solução.
Eu sei é que neste sistema cultural só investe(como é obvio) quem tiver a certeza do retrocesso, e o retrocesso certo só vem das mamas da Soraia Chaves(a qual acho uma gaja puramente banal,com cara de enjoada e que nao me suscita coisa alguma que não um par de estalos por fazer uma imitação rasca (e quando digo rasca,digo ridicula) da Monica Belluci
(perdoa-me Monica por ter usado o teu nome em vão).
Assim...um argumento sobre algo nosso,sobre uma historia de jornal, com um ritmo bem acompanhado,uma boa banda sonora,uma direcção de actores dada com mais tempo para preparar os papeis,talvez seja uma dica..nao sei.
A guita..epa com o digital,com a imaginação,pensa-se numa historia ou num argumento com menos produção,algo mais simples. Não precisamos de épicos para criar a historia de uma vida,nem precisamos da velocidade de uma bala para nos prender a acção.
digo eu.
obs: objectivo concluído,fiquei ainda mais confuso do que quando comecei este post.
Obs 2: epa contínuo com a vontade de escrever uma historia,um argumento para uma curta..10 paginas..algo simples,com um plot point,e uma mais valia dramática para marcar. o quê ainda não sei,mas vou pensar nisso..se alguem alinhar que diga!
Obs 2: epa contínuo com a vontade de escrever uma historia,um argumento para uma curta..10 paginas..algo simples,com um plot point,e uma mais valia dramática para marcar. o quê ainda não sei,mas vou pensar nisso..se alguem alinhar que diga!
Sem comentários:
Enviar um comentário