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sábado, outubro 08, 2011
facto.
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Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. A tua pele será talvez demasiado bela,e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor.
Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar como a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. Sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o príncipio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.
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José Luís Peixoto
O autor deste blog teme já nao acreditar nestas coisas que as palavras conseguem transpor para os sentidos.
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1 comentário:
Por vezes as palavras são a voz da nossa alma, aquelas que tememos ouvir mas que no fundo sabemos que estão cravadas no nosso ser e que nunca iremos deixar de sonhar e acreditar que um dia também acontecerá connosco.
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