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quarta-feira, agosto 13, 2014

Alegria.

Há muito que não escrevia.

A vida tem corrido galopante no rumo certo, novas etapas, descobertas, a pessoa amada, a pessoa que me ama, a bébé que se avizinha, novas surpresas.
Uma vida e um sentido que se descobre dia após dia. Vem aí o nosso maior amor, vem aí a nossa vida personificada. Cada dia que passa mais um centímetro, mais uma molécula, e nem nos damos conta desta Luz, desta Alegria que nos vem abraçar.

Porém quando sentimos que a vida corre a 300 km/h, no rumo certo acontecem pequenos momentos que ficamos a aprender e a acelerar ainda com mais força nessa viagem linda que hoje perseguimos.

Morreu um amigo à relativamente pouco tempo, pessoa de sorriso fácil, gargalhadas altas, um segundo pai para mim. E ontem faleceu uma sósia de gargalhadas (á sua maneira), esse ícone Robbie Williams.
Aprendo, e memorizei essas alegrias que ficaram. Aprendi para a "nossa Alegria" que virá, que temos de ser fortes, temos de ter sempre o sorriso na mão.

Uma gargalhada alta, muitas cores, seja o que for. Seja por quanto tempo for, é essa a nossa chama.
A vida passa-nos a correr pelas mãos, e que cada dia novo seja uma luz de risos.

esse amigo deixou-me essa imagem, essas brincadeiras, como todos os "velhos" do antigo bairro que brincavam conosco na rua enquanto jogavamos á bola. um berro, uma gargalhada, um abraço.
o sorriso fácil, aquela energia, como se a ideia que queriam que passasse para nós fosse que podemos ser todos crianças de sorriso fácil e gargalhada pela vida toda.
Quero um dia mais tarde ser um desses "velhos" que nos deixam a memória de alguem que ri para os outros. eu que por vezes sou mais sisudo, mas que tanto adoro rir e "gargalhar", tal como a minha amada, pretendo aprender (e aprendi) que para os que nos seguem temos a responsabilidade de usar a alegria como máscara.
cá dentro podem haver doenças, podem haver aquelas coisas obscuras (como tinha o Robin Williams) que nos podem tocar cá dentro, mas a mensagem fica.

Tenho ainda o meu avô que assim o é. E devo estima-lo mais ainda.

Para breve, para mim que vou ser pai, que vi partir este amigo, juntamente com desconhecido que conhecíamos pelo cinema, terei alguém que irá seguir os nossos passos dia após dia, assim, tenho a responsabilidade de lhe ensinar o que é a Alegria e o Amor.

tudo o resto surge, apenas a Alegria e o Amor ficam para sempre.

Ficam as nossas familias, os nossos amigos para que por cá cultivemos ainda mais essa côr que nao se vê e esse calor que se sente de olhar de longe e de perto.
É como aquele calor que temos cá dentro (chamam-lhe Amor) que nos acompanha estejamos onde quer que seja.

Hoje compreendo ainda mais o porquê de tanto respeitar os "Velhos" esses bons amigos que nos roubavam a bola na rua, que nem que fosse por 05 segundos soltavam uma gargalhada e que vestem a face da Alegria.

Afinal andamos cá para deixar algum legado, o nosso irá nascer para breve, e visto assim com maior convicção a camisola da Alegria. Haverá algum dia que estaremos mais longe, mas o ser pai é mesmo isso. (Penso no meu), que nao é facil e há muita pedra por partir, mas que consigamos (cada um á sua maneira), de fazer este mundo um lugar mais bonito e com mais cor.


É melhor ser alegre
Que ser triste
Alegria é a melhor
Coisa que existe
É assim como a luz
No coração...


Mas prá fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão não se faz um samba
Não!...


Fazer samba não é
Contar piada
E quem faz samba assim
Não é de nada
O bom samba é uma forma
De oração...


Porque o samba é a tristeza
Que balança
E a tristeza tem sempre
Uma esperança
A tristeza tem sempre
Uma esperança
De um dia não ser mais triste
Não!...


Bebel Gilberto - Samba da Benção.

uma história das bonitas.




O último prisioneiro da Segunda Guerra Mundial morreu aos 101 anos. A mulher morreu 14 horas depois, "de coração partido". Faziam 76 anos de casados nesse dia e vão a enterrar nesta terça-feira.

“Enquanto ele for feliz, eu sou feliz.”
Clifford Hartland morreu no dia em que celebrava 76 anos de casamento com Marjorie. A mulher, de 97 anos, morreu apenas 14 horas depois. O ex-prisioneiro da Segunda Guerra Mundial morreu de causas naturais, provadas pelos longos 101 anos de vida. A mulher morreu de “coração partido”. Esta é uma história de heroísmo, aventura e amor.
Clifford foi um dos milhares de soldados britânicos que, em fevereiro de 1942, se renderam aos japoneses em Singapura. Fazia parte do 7º regimento de artilharia real (7th Coast Regiment Royal Artillery). No ano seguinte, foi forçado, “em condições horríveis”, a ajudar na construção da “ferrovia da morte” – o caminho de 415 quilómetros entre a Tailândia e a Birmânia, construído pelo Império japonês para apoio das suas forças. Pelas “condições horríveis” em que trabalhavam, morreram cerca de 13,000 soldados.
Ainda em 1942, a mulher, Marjorie, recebeu uma carta do coronel do Regimento. O marido estava desaparecido. Muito provavelmente, morto. O desaparecimento de Clifford durou três anos. E, durante três anos, Marjorie recusou-se a aceitar a pensão de viuvez. Recusou-se a aceitar a morte do marido, o seu “único amor”. “Foi terrível. Tive de ir trabalhar para uma fábrica de pára-quedas para arranjar dinheiro. Não conseguia comer lá, porque havia ratos por todo o lado”, recordouem 2013 ao Birmingham Post. No caminho para o trabalho, passava sempre pela igreja. Rezava para que o marido voltasse para casa. Um dia, ligaram a Marjorie para lhe dizer que o marido estava vivo.
A Campanha da Birmânia no sudeste asiático foi travada, numa primeira fase, entre as forças do império britânico com o apoio da China e dos Estados Unidos da América, contra as forças do Japão, Tailândia e exército indiano. A 2 de setembro de 1945, os japoneses renderam-se aos aliados. “A pior parte foi quando nos mandaram cavar as nossas próprias sepulturas e simplesmente esperar por ser mortos”, contou o ex-prisioneiro na mesma entrevista, no ano passado.
Mas a força da resistência havia de acompanhar Clifford mais alguns anos. Em novembro de 1945, é finalmente dispensado do exército e chega o esperado regresso a casa. A única filha do casal conta que, quando Clifford voltou da guerra, esteve no hospital durante bastante tempo. “Mas nenhum deles se importou. Estavam realmente felizes por estarem juntos outra vez”. O casamento celebrado em agosto de 1938 era “uma história de amor perfeita”, sintetiza. E a perfeição apontada por Christine Pearson está em grandes detalhes, como a tranquilidade que os acompanhou durante mais de sete décadas. “Eles nunca discutiam. O meu pai idolatrava a minha mãe, e a minha mãe adorava-o”.
Na entrevista de janeiro de 2013, perguntaram a Clifford como é que se sentia por estar quase a chegar aos 100 anos, depois de ter tido três acidentes vasculares cerebrais que resultaram em alguns danos na visão e na audição. A resposta: “Sinto-me igual, apenas um pouco mais velho”. O sentido de humor é uma característica que o centenário nunca perdeu, apontou a filha do casal, agora com 67 anos.
Sorte no amor e sorte na vida – podia ser assim resumida a história de Clifford. “Durante a guerra, o meu pai estava num comboio que explodiu quando atravessava uma ponte. Ia na última carruagem: foi a única que escapou.” Das outras restaram “pedaços de braços e pernas, que estavam por todo o lado”, conta Christine Pearson. Dos 700 que saíram do 7º regimento de artilharia real, apenas quatro resistiram à tortura dos campos de prisioneiros. Clifford era um deles. “O meu pai fez questão de manter o contacto com os outros três durante anos, até morrerem”, conta Christine.
Agora, o último morreu numa casa de repouso, em Inglaterra, poucas horas depois de a mulher ter voltado do hospital, onde estava internada por ter partido uma perna. “Eu acho que ele estava à espera que ela voltasse para casa, para o quarto deles, para morrer em paz”, conta a filha de ambos. Marjorie ficou em choque e repetia constantemente “Eu não consigo viver sem ele, eu não consigo viver sem ele”. Nessa noite, Marjorie telefonou à filha, por não aguentar a dor. “Eu disse-lhe para ela pensar no amor maravilhoso que tinham vivido, talvez esses pensamentos a acalmassem”, explica. “Ela morreu à uma da manhã, e eu quero acreditar que era exatamente nisso que ela estava a pensar”.
Os paramédicos chegaram e verificaram o corpo. “A explicação foi esta: a minha mãe morreu de ataque cardíaco, mas não de uma forma qualquer. A minha mãe morreu literalmente de coração partido”. Marjorie e Clifford estão juntos na vida e na morte. O funeral, em conjunto, realiza-se esta terça-feira.
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