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quinta-feira, junho 11, 2009

Parte do Discurso do Antonio Barreto.


Amigos,vão ao site do Publico e descarreguem o discurso em formato PDF, façam-no que vale a pena.
Altamente Aconselhável!!

Comemorações do 10 de Junho

António Barreto exorta o poder a dar “o exemplo”
10.06.2009 - 14h45 Maria Lopes
O sociólogo António Barreto exortou hoje os diversos poderes, do político ao empresarial, a serem exemplos para o resto da sociedade portuguesa.

No discurso na sessão solene do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Europeias, o presidente da comissão organizadora das comemorações fez várias críticas a algumas opções de Estado — como a guerra colonial —, ao funcionamento das instituições e ao facto de a sociedade portuguesa ainda não ter sabido aplicar parte dos ideais com que fez a democracia.

Pegando no exemplo da “elevadíssima” abstenção das eleições de domingo, Barreto apontou que a cidadania europeia é ainda “uma noção vaga e incerta”, inventada por políticos e juristas, mas que pouco diz ao cidadão comum.

“A sociedade e o estado são ainda excessivamente centralizados. As desigualdades sociais persistem para além do aceitável. A injustiça é perene. A falta de justiça também. O favor ainda vence vezes demais o mérito. O endividamento de todos […] é excessivo e hipoteca a próxima geração”, afirmou António Barreto.

Perante o Presidente da República, o primeiro-ministro, membros do Governo e altas patentes militares, António Barreto — que substituiu o falecido João Bénard da Costa na comissão das comemorações — elogiou, por outro lado, a consolidação do regime democrático — ainda que “recheado de defeitos” —, a evolução da situação das mulheres, a pluralidade da sociedade portuguesa e a filosofia do Estado de protecção social.

O sociólogo defendeu que os portugueses precisam do "exemplo" dos seus heróis — como o que hoje se comemora, Luís de Camões — "mas também dos seus dirigentes". “Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista”, justificou.

E apelou ao exemplo pela justiça e pela tolerância, pela “honestidade e contra a corrupção”, pela eficácia, pontualidade, atendimento público e civilidade de costumes, contra a decadência moral e cívica, pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo


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