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sexta-feira, setembro 28, 2012

parte da escrita.

Tenho de escrever.
Preciso.
Acendo um cigarro. (não se pode fumar aqui, não quero saber).
Abro a janela, Lisboa lá em baixo. the Bends a partir-me os ouvidos, Tom Yorke a dar as boas vindas á chuva e ao Outono. (nem me despedi do Verão em 2012..).

enfim.

Foi um verão cheio de montanhas-russas como eu não queria mais, mas que se aceitem as lições.

O alien voltou, remexeu-me um pouco como ela bem sabe fazer e que um dia hei-de perceber porquê.. life goes on (no pasa nada). não surgiu. cool.
same speech. simplifique-se.

Dont leave high, dont leave me dry, cantam aqui.

Ontem foi dia de teatro. "Apenas Jardim", em exibição no Teatro do Bairro.

Denso como a noite, pesado como precisava.
Falou-nos da vida, da humanidade, (uma espécie de Árvore da vida mas num contexto maior e menor ao mesmo tempo. De 5 personagens que estavam num sitio onde a alma adormece, onde o corpo se afasta. Onde nos sonhos ficamos ansiosos, onde ficamos indiferentes, onde ficamos esperançosos, onde ficamos a juntar peça a peça do nos rodeia e chegamos as todas as respostas. Tudo é claro nos sonhos.
foi uma peça muito bem escrita, com um espaço muito bem aproveitado, diferente do normal, onde somos confrontados com inquietudes personificadas ali mesmo á frente dos nossos olhos e que passam aquela energia toda para nós.
"ainda bem que vieste", disseram algumas vezes. restou o silencio bom dos pés no chão com os sentidos super aparados.sai-se a tremer daquela black box que é o teatro do bairro. recomendo totalmente. A principio encontramos um discurso rebuscado que exige a nossa intenção, um ritmo de pensamento bem acelerado, ja nos agarrou. Depois os personagens entram em monólogos/diálogos onde nos revemos a nós proprios e muitos que são(foram) proximos do nosso ser.
Actores fantásticos no peso das palavras, sem os dramas pseudo-intelectuais mas realmente verdadeiros e intensos. Ajudam-nos a entender, traduzem, Sociedade, Pessoal, comunidades, feios, gordos, belos, desistentes, perfecionistas, utópicos, os que confrontam e os que ficam a ver a vida passar agarrados ás suas seguranças/inseguranças/verdades/mentiras.
restou um silencio esmagador em todos nós que ali fomos ver a peça.
Gostei muito. ainda bem que fui.
fica uma sensação de muito por contar do que se sentiu na peça,mas é isso que fala a peça. o que fica aqui por dizer(e nao somos capazes de verbalizar), é o que a peça representa.
Não é a caixa de pandora, nao anda lá perto, mas toca bem fundo.

Se puderem ir, aconselho vivamente.




Os jardins são aqueles sitios onde temos silencio e onde as conversas acontecem. Dentro de nós mesmos, dentro de outras pessoas, com outras pessoas, e a peça consegue passar tudo isso.

4 comentários:

E disse...

Facebook, pá!

Anónimo disse...

porra! dizer muito bom, não chega.

o mesmo de sempre. disse...

"E" checka o mail.

nAnonima. thanks :)..mas vai ver, recomendo. é pesadinho, mas ha dias que sabem bem coisas assim.
agreed?

Anónimo disse...

ficou a vontade, falta o tempo.

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